28 fevereiro 2007

Help city

Psicologia era um dos cursos superiores que eu tinha certeza que não era pra mim, até que agora de pouco eu me dei conta que há mais de um ano conheço a cura pras tristezas, traumas e qualquer tipo de infelicidade que seja. Eu sei bem que eu não deveria revelar meu segredo e que no futuro eu poderia ficar rica com isso. De fato, se a psicologia me interessasse ao menos um pouco, eu juro que não contaria. Como não é o caso, não hei de sentir culpa alguma em lhes confiar tudo. Só peço que não saiam por aí espalhando porque eu sou um bálsamo de ciúme. O segredo se encontra em algumas casa seguidas que dividem o mesmo quintal na Rua Barão de Ibitinga numa cidade no interior de São Paulo chamada Socorro. :)


Digamos de início que o nome da cidade é inexplicávelmente justo. Aquelas meninas, a família, as porquices, as esquisitices, as risadas... Todos os pequenos fatores resultam num clima tão aconchegante e bom que é impossível traduzir. Não dá pra explicar como é deliciosa a comida da tia Irma sem que se sinta ao menos o cheiro daquela cozinha. Não dá pra explicar a tonalidade do preto da cor da Jé sem olhar pra ela (fotos com flash não são válidas nesse caso). É impossível dizer o porquê de brigar tanto com a Lizi - sendo que eu a amo tanto - sem que se assista um dos meus tão queridos chiliques dela.

É inviável e inútil qualquer tentativa de descrever qualquer um desses socorrenses. Se houvesse uma fórmula para aquela junção tão perfeita, seria comparável a da água: apesar de não ser possível montá-la em laboratório, do jeito que está disponível na natureza é necessária para a vida. Mas seria além disso porque os elementos da água são fáceis de ser encontrados, ao contrário dessas pessoas a quem eu me refiro.

É, há pouco mais de um ano eu conheci a felicidade diferente de tudo o que é imaginável e eu ainda agradeço por isso (e pretendo agradecer pra sempre). Quando eu falo sobre a tal Socorro e alguém me pergunta onde é isso ou até mesmo o que é isso, nesses momentos eu entendo porque ainda existem pessoas infelizes nesse mundo.

Obrigada aos deuses por aquele lindo carnaval de 2006, por cada minuto junto com eles e por mais esse carnaval perfeito e mais essa campino-socorrense. Parece que o que era perfeito sempre arruma um jeito de se aprimorar.

Lizi, Jé, Lari, Lê, Zé, Jú, Má e toda a cidade de Socorro!
AMO MUITO TUDO ISSO.

26 fevereiro 2007

Et maintenant?


Deixa eu começar reclamando então, já que isso eu sei fazer bem: Existem duas coisas que eu odeio demais em você: a primeira e mais alarmante é a sua namorada, a menina é terrivelmente insuportável, vamos combinar. E a segunda é o jeito com que você cobra as coisas que eu não tenho obrigação alguma de lhe dar. Já faz tempo que a gente terminou, portanto: eu não sou obrigada a escrever nenhum texto, mandar nenhum beijo, lhe chamar pra lugar algum e nem nada. Entenda.

Agora, o estranho é que mesmo assim eu faço, não é? Não por suas cobranças desnecessárias, mas eu continuo fazendo o que você quer sempre. Eu me importo com você e não tem jeito. Me importo do meu jeito, admito. Talvez imcompreensível, quem sabe. Eu juro que já tentei mudar, mas num deu não.

Eu não consigo esquecer das nossas conversar religiosas pelo msn :9 e eu não consigo evitar de lembrar de você e das merdas que eu fiz com a gente todas as vezes que escuto na sua estante - e olha que tá tocando o tempo todo.

Eu não vou dizer que ainda lhe amo porque isso é forte demais. Ainda mais sabendo que você esta indo embora e olhando o seu nick cheio de corações vermelho fortíssimo com o nome dela.

Lembra que eu lhe mandei you oughta know da Alanis? Era sim exatamente o que eu estava sentindo, mas é óbvio que eu não estava disposta a admitir isso naquele momento. Pronto, admiti.

O que eu posso dizer pra você agora é que eu gostei tanto, mas tanto de você que eu nunca vou conseguir lhe esquecer, mesmo que eu tente. E não estou tentando. :D

Eu ainda não estou exatamente triste por você estar indo embora. Não vai me afetar diretamente de primeira já que a gente nunca se vê, não é?

Eu só precisava dizer que você não precisa cobrar not even once e que você pode ir sossegado pra qualquer canto do mundo porque todos os dias você estará comigo de alguma maneira e quando você voltar, vai parecer que nenhum tempo passou.

Hey, ao menos mande notícias. :)

22 fevereiro 2007

Cantiga pros dias felizes


Talvez eu nem quisesse saber, mas Marta certamente queria. E insistia que eu contasse.
- Oras, Marta! - eu disse, depois de aturá-la por horas. - Pra que saber?
- Continuar na ignorância? É o que tu realmente desejas pra mim?
- Não, meu bem. Desejo que não sofras. Não hão de ser minhas palavras que arrancarão de teus olhinhos lágrimas, nunca.
- Se me amas, me diz. Conta-me o que há de ser que fará doer esse meu insensível coração.
- Insensível? Não me diga bobagens, Marta. Só tu sabes o quanto boa és nessas coisas de amor.
- Nada sei! Pois olhe que frase boa de dizer agora: NADA SEI! Conta. Por favor, pelo amor que tu tens por mim.
- Eis onde se encontra teu erro, minha querida. Só por amar-te não hei de dizer. Não há nada que tu faças que me convença. Não insista, por teu próprio bem.
- Como vou saber que é pro meu bem?
- Tens que confiar em mim, não confia?
- Confio, mas temo. Temo como por instinto natural, mas confio mesmo assim.
- Então esquece disso, minha filha. Deita e dorme que vai fazer bem pra ti. Tenta não pensar nisso. Uma hora ou outra eu te conto, quando já não for tão ruim.
- Promete?
- Prometo.
- Tá bom. Amo-te.
- Eu também, meu bem. Bem mais do que tu podes imaginar.
Marta deu um sorriso gostoso e se cobriu confortavelmente com as cobertas macias e cheirosas. Ali, eu tinha certeza do quão protegida ela estava de tudo. Era isso que eu queria. Só.





Boa noite.


*imagens de kurt Halsey

15 fevereiro 2007

Teatro

Camila entra no quarto, Gabi está lendo:
- A gente precisa conversar. - diz Camila impacientemente.
- Sobre o quê? - responde Gabriela, sem se importar.
- Sobre a gente, você sabe... Tudo. Eu não agüento mais.
- Pra que levar isso tão a sério? A gente foi uma brincadeira! Eu tenho um status pra zelar. Você realmente acha que essa nossa história vai pra frente? O meu marido me mataria se soubesse!
Camila se afasta, sem saber se era ódio ou tristeza que sentia. Ela se apoia na mesa, sem saber o que fazer.
- Você não pode fazer isso comigo... Você disse que me amava.
- Posso sim, você sabe que eu posso. O João deve estar chegando, você tem que ir.
Enquanto as lágrimas rolam de seu rosto, antes feliz, Camila observa o café da manhã, ainda sobre a mesa.
- Eu não mereço isso, Gabriela. Não mesmo.
Camila segura a faca do queijo. Afiada... Com o estômago revirando, nem de ansiedade, nem de comer demais, outra coisa a atormentava.
- Você sabe que eu nunca gostei tanto de você quanto você de mim. - explica Gabriela, sem escolher palavras.
Camila se vira com a faca em mãos.
- Você não pode fazer isso comigo. E tudo mais?
- O que é isso? O que você vai fazer? Enlouqueceu? - Gabriela começa a ficar nervosa ao ver Camila discutindo com a faca. - Se você chegar perto, eu vou gritar!!!
- Grita! -diz Camila, saindo de si de uma vez por todas - Se você não for minha, também não será de mais ninguém!
- AHHH!
Já era tarde, amor doentio. Amor. Com ou sem pontos. Incompreendido demais. Estranho demais. Até as últimas gotas de sangue escorridas nas luvas. Até as últimas circunstâncias e conseqüencias. De um só lado, sem amor. Sem nada.
Enquanto não sabia o que fazer, o que tinha feito, a mais nova assassina bola um plano pro crime perfeito em sua cabecinha.
- Eu amo você demais, é melhor assim. - termina Camila deixando a sua por tanto amada agonizando no próprio quarto.





Essa é a ultima cena do melhor teatro que a gente fez no ano passado. Foi demais, cara. E pra ajudar eu tirei MB! Esse ano não vai ter artes e eu vou sentir falta dessas criatividades aqui, por isso que eu resolvi postar! :)

O começo do teatro era ela morrendo, e o tempo todo a gente tentava descobrir quem foi. Desconfiavam de todos, menos de mim! Muahahahahah! Então, a gente fez um mini flash back na última cena que foi demais de interpretar, mano. Muito bom!

Quasares

Os brasileiros costumam achar que a China é longe. Isso é porque a maioria nunca ouviu falar sobre os quasares. Nos confins do Universo, passando pela Lua, depois o Sol, muito depois de Plutão, perdidos onde nem o ar consegue chegar, encontram-se os extremamente luminosos quasares.

Devido à distância assustadora, é praticamente impossível para uma sociedade que só conseguiu chegar à Lua (que se encontra a 1,3 segundo luz da Terra), pensar em pesquisar um objeto estelar que está de 10 a 20 bilhões de anos luz do nosso planeta. Tirando o melhor dos melhores satélites que temos atualmente, todo o conhecimento que obtivemos não passam de teorias sobre os maravilhosos corpos celestes. Acredita-se que são reações dos enormes buracos negros que absorvem poeira e gás e acabam por liberar grande quantidade de energia, o que resultaria nos núcleos galácticos denominados quasares (abreviatura de Quasi stelars, do latim quase estelares).

No ano de 1964, Edwin Ernest Salpeter e Yakov Borisovich Zel'dovich lançaram a teoria de que os quasares, que são semelhantes às estrelas na aparência, tem a estrutura mais parecida com as galáxias, e poderiam ser até as próprias galáxias ativas. Já foram encontrados longe delas, o que só confirma a teoria de que os dois não são obrigatoriamente dependentes. Uma característica interessante é que eles podem emitir ondas de rádio, além disso, são os faróis do Universo (comparáveis aos brilhantes e visíveis faróis marítimos para os olhos nus) e os maiores corpos celestes já catalogados. Tais fatos juntos indicam que eles liberam partículas de altíssima energia, o que possibilita sua visualização através de equipamentos astronômicos.

A falta de conhecimento dos quasares os torna mais fascinantes, na completa escuridão de uma viagem estelar, surgem os tão brilhantes quanto assustadores corpos imensos para iluminar a ausência de vida. Quem sabe um dia, mais esse mistério do Universo será desvendado.


11 fevereiro 2007

Gaby com y

Eu nunca gostei das coisas certinhas mesmo. E no fundo, deve ser por isso que eu gosto tanto assim de você. Eu prefiro as coisas inexplicáveis e até mesmo difíceis. E eu sempre gostei de me preocupar com amizades intensamente, porque pra mim elas são extremamente importantes, ou talvez até mais.

Tudo é únicoe você é tanto que eu não vou me deixar ver você passar pela minha vida sem se tornar inesquecível, como eu acredito que você mereça. De uma forma ou de outra, você já é inesquecível mesmo. Eu ainda não sei se você precisa de mim pra lhe ensinar o que você ainda não entendeu e ninguém lhe explicou direito ou se isso é só uma desculpa que eu arrumei pra tentar balancear a forma incoerente com que eu me sinto dependente da sua amizade. Você consegue me afetar de um jeito diferente de tudo o que eu conheço, até quando é sem querer.

A sua distância faz com que o entrarnoseumundo seja fascinante. E a sua timidez excêntrica dá ainda mais vontade de conhecer você melhor.

Eu me permito desperdiçar horas pensando em inúmeros desfechos, palavras e mudanças pra nós duas e a falta de soluções me encanta de uma forma indescritível. Daí, muitas vezes eu sinto uma necessidade de extravasar todos esses pequenos detalhes que eu vou guardando pra mim. Eu já tentei dizer pra muita gente, alguns até tentaram entender mas eu sei que não é fácil. O que eu realmente queria era dizer tudo isso pra você e é isso que eu tento fazer o tempo todo, principalmente agora.

Talvez você nunca se importe, talvez você nunca leia nada disso, mas enquanto existir uma porcentagem de chance de as minhas esperanças não serem frustradas, eu não desistirei de você. E chances, sempre existem!

Todas as vezes que eu digo o quanto você é chata e horrível, na verdade eu só estou tentando expor pra você o quanto eu sou apaixonada pela sua imperfeição. Espero que um dia você entenda.

Você entrou na minha vida pra traçar linhas tortas quando o caminho reto se tornou entediante. Você entrou na minha vida pra mudar as coisas e me mostrar que o meu certo não era tão certo assim. E eu não vou mais tentar consertar o que já está certo. Pra mim, você é perfeita! E depois de tanta coisa, tudo o que eu posso dizer é obrigada, amiga. Eu amo você.

Depois me perguntam porque é que eu amo você!

Certas mensagens merecem ficar na caixa de entrada pelo resto da vida, independentemente do que aconteça!

"Mal a hora que tô mandando mensagem, mas deu vontade! Pra dizer que te adoro e você é a amiga mais perfeita que eu já tive! Até segunda... Te amo! xD
De: Gaby monga
12:47am 14/5/06"

E de vez em quando, um comentário faz com que eu sinta vontade de escrever pra sempre.

"Gabriela disse...

Não sei se você vai ler esse comentário, o que importa é que eu tô tentando (pela primeira vez talvez) mostrar o q eu senti! Você é foda... você pode não acreditar mas eu sempre adimirei esse seu jeito de dizer tudo na cara... de não ter vergonha... sei que parece ridículo mas às vezes eu não te abraço forte por causa de vergonha!! (absurdo não?) Desculpa de verdade... mas é que eu sou assim e acho difícil mudar, não que eu nunca tenha tentado. Mas tem o lado bom de tudo isso: você me abraça! E é isso que importa. Imagina se ninguém fizesse nada! Não tente me entender, apenas seja quem você é... de verdade. Se eu for muito idiota me fala, mesmo que eu te bata ou nunca mais olhe na sua cara... pode falar sim... eu mereço.
Apenas seja você mesma... okay?

Te amo!! Sempre...
Beijos!!"


Eu é que te amo sempre, minha loira.



01 fevereiro 2007

Sarah Jones


Sarah Jones nasceu numa cidade do interior. Tão pequena que eu nem consigo lembrar o nome, mas eu acho que ouvi uma vez. Ela trabalhou por anos como garçonete em uma cafeteria, mas os sonhos dela iam muito além disso. Então, ela se mudou pra Nova Iorque. Conheceu um bonito e excêntrico homem chamado Tod Franklen. Logo soube que ele era um exímio pianista. E ele também logo soube dos talentos vocais da senhorita, os quais ele considera tão bons quanto a própria boca da cantora. Não demorou mais de um mês pros dois estarem juntos em algum showzinho por aí, por acá...

Eles se casaram, claro. Ela ama os dedos tortos de pianista dele e ele ama vê-la sentada no piano cantando de olhos fechados.

Com o tempo, foram ganhando fama. Por merecido trabalho, diga-se de passagem.
Hoje eles têm a agenda cheia sempre! E Tod, ele olha pra ela cantando enquanto espera ansiosamente pelo fim de cada apresentação pra ir pra casa logo. Às vezes ele erra algumas notas porque ele só consegue prestar atenção em sua belíssima esposa.

Mas quando ele erra, praticamente ninguém percebe, afinal todos estão olhando pra ela também.

http://waltzz.deviantart.com/