20 abril 2011

Conceitos obsoletos de poética cotidiana

Espalha-se pra todos os lados... Um pedaço de cada coisa numa colcha infinita de retalhos hoterogêneos. Arte de verdade é entrega, mas arte de mentira todos somos um pouco. E quem nega? Qual é a verdade universal? A resposta final? Atire quantas pedras quiser quem acredita nas certezas absolutas, pois eu não acredito nem sequer na certeza da rigidez das pedras. Eu entendo muito bem o conceito e a aplicação da abstração, mas quem vai me impedir de procurar pequenos animais e formas entre toda essa tinta?

Reflita, mas prive-se de enlouquecer. Às altas horas da madrugada simplesmente esqueça. A melhor parte é ver a noite chover seu céu escuro, desligar-se das conexões possíveis e esquentar-se junto a um outro corpo macio e nu, tão igual. Se arte é entregar-se, quem atirará a primeira pedra?