27 fevereiro 2013

sobre o que vai pro lixo

de repente a vírgula nunca mais vai passar pela minha letra cursiva ou meu discurso p r o l i x o reciclável

20 fevereiro 2013

essa letra que cê escreve

faz tanto tempo que eu não te leio você desfaz o sentido e eu tenho sentido a tua falta em todos os sentidos eu achava uma loucura as letras minúsculas e a sua good writing era o sex appeal ou boa parte parte boa eis que parte e que parte ficou pra trás se coubesse interrogar eu ia querer saber mas saber é bobagem eu não sei de nada e sou mais feliz quanto menos consigo saber eu insistia nas letras maiúsculas como se elas pudessem me salvar cê tá me querendo agora são outras linhas e as suas palavras encontram as minhas nossos corpos não se encontram mas sabem que estão em algum ponto ligados por uma linha infinita minha letra cursiva e de que forma a sua letra de forma me informa que foi rabiscada pela sua mão sopa de letrinhas devoro inteirinha a sua confusão me dá a mão estou com saudades

14 fevereiro 2013

0.8 mm

hoje são outras linhas eu sempre digo que tá tudo bem ~ não ~ pode levar tudo nas suas saídas a francesa no bolso da sua saia preso nos seus grampos pode me levar nua crua e sem sentido esperando por algo que nem sei se há mas ah é sem querer que você me arranca as vísceras me estonteia a vista me balança as pernas me deixa menina sem saber o que dizer é sem nenhum querer que você pensa em mim? eu não sei quem eu sou e eu não sei dizer se estou disposta a jogar azar é bem comigo o perder tem um gosto de ausência que não sai da minha boca mas esse sabor de amar ninguém me toma