Estava aqui em minha casa, perdida entre essas muitas revistas bobas de fofoca de gente famosa, procurando uns recortes para fins obscuros. Foi então que me deparei com uma pergunta aparentemente bobinha, mas que fez o estômago faminto do meu blog roncar por algumas palavras. O QUE É AMOR PRA VOCÊ?
De primeiro veio a resposta de que eu não tenho certeza. Não sei se a minha mania louca de procurar as pessoas mais difíceis e tentar entendê-las é exatamente amor, não posso afirmar, por mais que eu ache um monte de coisas sobre isso. Eu não posso ter certeza se eu amei os caras que eu namorei, alguns dos amigos que eu tive, eu sei que eu gostei muito deles, muito mesmo, mas quando tudo é tão passageiro... Isso é amor?
Não demorou muito pra eu perceber que algumas coisas eu realmente tenho certeza, que eu não teria medo de afirmar. Que amor é isso pra mim. E nesta pequena e seleta lista de pessoas e coisas, você está em vários pontos, lá em cima, entre os melhores, presente constantemente nos momentos que eu me acomodo no sofá pra lembrar e só. Porque amor pra mim é poder abraçar quando dá vontade, é ser carente e poder pedir mil vezes pra fazer bhuuuuu e não receber nenhuma cara de desprezo em troca. É ter uma amiga que eu sei que vou poder contar sempre, mesmo que fiquemos um ano ou mais sem nos vermos, quando nos virmos, tudo só vai ser melhor que antes. É querer dormir abraçada com ela, mesmo que ela ronque bem alto no meu ouvido durante a noite toda. É poder encostar a cabeça na dela e querer fechar os olhos pra saber se amor tem cheiro. É ter certeza. É chorar pela saudade que ainda vai surgir, mesmo quando faz cinco minutos que nos despedimos. É abraçar forte, jogar pebolim, bater, xingar, pular, jogar na areia pra fazer croquete, fazer montinhos bizarros, cair, dar e levar empurrinhos, ficar na boléia por horas sem vergonha do saquinho de areia no biquíni depois. Amor é dormir de mãos dadas, é ela me fazer rir depois de contar uma coisa difícil. É descobrir que eu gosto mesmo é de deitar em sofás apertados, em vans lotadas, ficar com a perna latejando e a bunda quadrada, eu gosto é de levar isopor com a comida e juntar uma legião de patos eufóricos. Eu não gosto de muito conforto, porque o amor é, por si próprio, desconfortável.
EU AMO VOCÊ, Li.
Muito, sempre, loucamente e tudo.
Muito, sempre, loucamente e tudo.
E é pouco ainda.