07 outubro 2009

It's a mess but it's workin'

Em um belo dia de calor, assisti O Fabuloso Destino de Amelie Poulain e fiz uma descoberta. Uma grande mudança na minha vida, os sorrisos brotaram com a facilidade de um matinho frouxo que se arruma em qualquer canto de calçada. Por muito tempo, essa descoberta me bastou. Meus dias foram completos por ela, em todas as lacunas, lá estava.

Mas quanta coisa há no mundo? Entre todas as coisas que existem, quantas? E de um modo franco, o mundo foi abrindo seus ramificados caminhos a minha frente, tudo eu desconhecia. Minhas fantasias coloridas e perfeitas foram desabando, me ferindo internamente com seus tijolos pesados. A descontrução me desconcertou. Encontrei-me novamente, em pedaços, desconexa. A fé em minha antiga descoberta brilhava quase sem luz e ia se apagando gradativamente. Ela era o que antes me unia: a cola que juntava o que havia por dentro com o exterior de mim.

Antes de me perder completamente, porém, por sorte, conheci Leónie. Entre uma página amarelada e outra, o naturalismo me abriu a mente para o ideal Amelie Poulain mesmo entre as relações mais animalescas. No desejo natural, no instinto, na realidade dura e complexa, existe um ideal de felicidade também. Foi tão simples: minha descoberta estava reestruturada. Enterrada no cimento das realidades concretas também é possível encontrar quase as mesmas deveras felicidades de outrora.

É aí que entra a minha visão da semelhança incrível entre Leónie e Amelie - ambas, através dos séculos libertando as pessoas de suas vidas medíocres e trazendo a felicidade, seja como for. Quando eu crescer, aprenderei a ser como elas. Escrevam o que digo!

4 comentários:

má straci disse...

ooooooo vida marvada!
acho que it's working.

Kássio Moreira disse...

o "seja como for" é duvidoso, mas se tratando de felicidade... ninguém questiona! rs

gostei do blog.

;]

má straci disse...

ahh, explicadinho agora. mas eu já tinha entendido, OK?
(hahah)

v disse...

eu nunca pensaria nessa relação, sabia?
meus professores quiseram crucificar a Leonie, seguindo o que dizem ser a real intenção do escritor.

mas, veja bem, como você sabe, quando eu li e fiquei só com a minha visão, também amei a Leonie. foi aí que eu te disse, VOCE JA LEU O CORTIÇO?
acho que voce se lembra, haha.

eu tenho certeza que voce trará felicidades deslumbrantes para as pesssoas, seja amelie (que até pra beijar inventa lugar) ou como leonie, ou como cá, invariavelmente revolucinária.

(eu arriscaria dizer que já é, na verdade. mas nada posso afirmar nesse mundão de deus e do capeta, né?)