13 dezembro 2008

Uma dúzia de prosas poéticas

Para mim, tudo é poesia. Ela surge como um sopro quando o vento assobia em meus ouvidos e tem forma de luz quando o Sol, ou mesmo a Lua, clareia meus caminhos tortos. As cores sujas de terras e natureza ou mesmo o contrastante azul do céu com a copa verdiinha das árvores. Pra mim, é poesia quando ele me diz que me ama, quando ele me beija de leve. Pura e destilada poesia, que me deixa bêbada entrelaçada em suas palavras sórdidas e acentuadas. Esconder-se do mundo é poesia, mostrar-se é poesia. Ela está nas cordas do violão e no vão das teclas do piano. Minha poesia se esconde por entre as cobertas quentinhas, debaixo do travesseiro, em longas narrações atrás dos porta-retratos. Minha poesia se expressa no amargo-doce do meu café com leite quente e sai pelos fones de ouvido do meu celular. Ela acha que se esconde atrás de vidros, tola, não sabe que são transparentes. Acha, também, que pode se esconder atrás das árvores, novamente tão tola, pois ela é muito maior e sempre aparece uns pedaços aqui e acolá. Vejo poesia em tudo o que é arte, considero artes em tudo, e as chamo de poesia.

Um comentário:

Mariana R. disse...

É, a primeira foi mesmo uma frase forte. Ainda mais para mim, não é mesmo? :)

E como você é linda quando escreve. Você é poesia!